Cidade comemora 463 anos nesta quarta-feira (25)

Considerada uma das megalópoles do mundo, com uma população que ultrapassa os 12 milhões de habitantes (21 milhões se contabilizada a região metropolitana), São Paulo completa 463 anos de idade nesta quarta-feira, 25 de janeiro.

Para aqueles que pretendem visitar a cidade ou mesmo para quem mora aqui, mas ainda não conseguiu conhecê-la por completo, o professor de História da Arte do Stoodi, Eduardo Baez, preparou uma lista com 5 regiões turísticas imperdíveis para se conhecer na cidade paulistana e suas respectivas curiosidades históricas.

1) Pateo do Collegio

A primeira dica de região para se visitar na capital paulista só poderia ser o local de fundação da cidade, em 25 de janeiro de 1554: o Pateo do Collegio, onde 13 jesuítas (entre eles José de Anchieta e o padre Manoel da Nóbrega) construíram uma cabana de pau a pique para catequizar os índios que moravam nos arredores. Depois de conhecer a réplica desta cabana, montada no mesmo local da original, a sugestão é conhecer a Catedral da Sé, o Convento de São Francisco, o Museu dos Jesuístas, a Igreja de São José, o Mosteiro de São Bento, o solar da Marquesa de Santos (amante de D. Pedro I) e o edifício Martinelli, primeiro arranha-céu da história de São Paulo, que tem esse nome porque dentro da tradição católica, teria sido também em um dia 25 de janeiro a conversão do apóstolo Paulo.

2) Theatro Municipal

Depois de saber um pouco mais sobre a gênese de São Paulo, a dica é seguir andando em direção ao Viaduto do Chá (primeiro viaduto da cidade e que tem esse nome porque ficava próximo a uma plantação de chá da índia) por cerca de 1 quilômetro até o Theatro Municipal. Inaugurado em 1911, ali aconteceu a Semana de Arte Moderna de 1922, maior evento cultural da história do país e até hoje abriga escolas e exposições da vanguarda artística do país, apresentações de orquestras, encenações de ópera, balé, coral, entre outros.

3) Região da Praça da República

Apesar de ser uma das mais antigas regiões da cidade, a Praça da República é chamada de centro novo justamente porque o marco zero é o Pateo do Collegio. O professor de História do Stoodi Eduardo Baez conta que no século 19, as atividades predominantes na região da Praça da República eram rodeios e touradas. Perto dali, vale dar um pulo no Colégio Caetano de Campos e conhecer a instituição onde estudaram nomes como Sérgio Buarque de Holanda, Mário e Oswald de Andrade e Cecília Meireles. Para seguir na toada cultural, a Biblioteca Mário de Andrade pode ser visitada a qualquer hora do dia (é uma das únicas do mundo desse porte que funciona 24h) e, para finalizar, o toque é conhecer o Edifício Copan, que foi projetado na década de 50 por Oscar Niemeyer e tornou-se referência na arquitetura mundial.

4) Estádio do Pacaembu

Visitar o septuagenário estádio do Pacaembu vem com um bônus: ter acesso a um dos maiores bancos de dados sobre o futebol de todo o mundo. O Museu do Futebol tem um acervo incrível de fotos, vídeos, curiosidades, objetos de atletas famosos, depoimentos, áudios com narrações de jogos, cantos de torcida e muito mais. A dica é visitar aos sábados, quando o ingresso é gratuito. Se você for fã de museus, nos arredores do Pacaembu há também o Museu de Arte brasileira.

5) Parque do Ibirapuera

A visitação à região do Parque do Ibirapuera - considerado em 2015 pelo jornal The Guardian como o “Melhor Parque Urbano do Planeta” - é indispensável. Não só pela beleza da natureza como também por suas atividades culturais. Vale a visita ao Museu Afro Brasil, que tem mais de 6 mil obras pinturas, gravuras, fotos e peças etnológicas produzidas entre os séculos 18 até os dias de hoje abordando temas abordados como religião, o trabalho, a arte, a escravidão, assim como diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros. Saindo do Parque, já na Vergueiro, legal passar pelo Centro Cultural São Paulo, visitar a Catedral Ortodoxa e, mais além, a Liberdade, maior comunidade nipônica fora do Japão. Uma curiosidade é visitar o Largo da Forca, que foi o palco sombrio das execuções durante a época em que houve pena de morte no Brasil (até 1870).