Importadora de Curitiba inclui em seu catálogo três títulos da linha Capricho, da vinícola La Prometida, do Sul do Chile

Três vinhos premiados por um dos mais influentes avaliadores do mundo: o norte-americano James Suckling. Esta é a novidade que a MMV – Importadora de Vinhos, com sede em Curitiba, está trazendo do Chile para o Brasil. Os lançamentos são da vinícola La Prometida, do sul chileno, e compõem a linha Capricho, constituída de produtos com características bem peculiares.

O anúncio é do gerente comercial da MMV, Jonas Martins, que também é o sommelier da importadora. Os lançamentos já estão disponíveis para a compra e, em função da pandemia do novo coronavírus, o foco tem sido na comercialização pela internet, por meio do site da empresa (https://www.mmvinhos.shop/).

Os três vinhos premiados apresentados pela importadora curitibana são o Capricho Syrah, Capricho Cabernet e o Capricho Merlot, que receberam do avaliador James Suckling notas 94, 92 e 91, respectivamente. São pontuações elevadas, difíceis de serem conquistadas, conforme sublinha Martins. “São vinhos que já chegam mostrando qualidade, aclamados, com a chancela de critérios internacionais.”

Peculiaridades

De acordo com o sommelier da MMV, as notas concedidos pelo avaliador James Suckling referendam características peculiares da linha Capricho, conceitos esses que refletem especificidades da vinícola produtora. A La Prometida está localizada na comunidade de Cauquenes, no Maule, Sul do Chile, “uma região de clima mais frio e seco”.

“Os vinhos da linha Capricho são produzidos em quantidade menor, porque o foco é na qualidade, a partir de vinhedos mais antigos. São vinhos armazenados em barril novo; por isso são mais intensos, encorpados, estruturados, que precisam de harmonização”, ilustra Jonas Martins.

O sommelier acrescenta ainda que os vinhos da La Prometida premiados por James Suckling evidenciam a “personalidade” da vinícola. “La Prometida” faz referência à personagem de uma narrativa criada pelo produtor: uma mulher que teve um casamento encomendado, mas que, de posição firme, não aceitou ter seu destino imposto por terceiros.

Uma das linhas da vinícola, a Revoltosa, faz referência ao rompimento da personagem com as imposições. Já a linha Capricho (dos vinhos agora incorporados ao catálogo da MMV) simboliza a autonomia adquirida pela personagem. “Então, [os vinhos premiados] são de acidez alta – acidez em vinhos é sinônimo de estrutura, de longevidade. Eles podem ser tomados agora ou guardados por dez, 15 anos, que estarão inteiríssimos”, destaca Jonas Martins.

Região produtora

Além disso, continua o sommelier, a premiação obtida atesta que os vinhos em questão sintetizam não apenas as características da uva. “Expressam também a característica da região. Não é só o ‘padrão Chile’, é a ‘cara’ do produtor especificamente, de seu modo de produção bem característico”, pontua Jonas Martins.

O executivo da MMV explica ainda o método de avaliação de James Suckling, e como isso impacta na definição da nota. Segundo Jonas Martins, há duas formas consagradas: uma quando o avaliador recebe exemplar de um vinho, e de seu local de trabalho realiza a degustação e análise, e outra quando o avaliador vai à vinícola. O norte-americano é adepto a essa segunda metodologia.

“É uma análise em que contam também aspectos de ordem emocional: o contato com o lugar, a conversa com o produtor. Isso permite captar a ‘personalidade’ do produtor. O que é importante dizer é que James Suckling não restringe seu trabalho a vinícolas ‘famosas’, mais 'sofisticadas', inclui um leque amplo de produtores”, assinala Jonas Martins.

A La Prometida, contextualiza Jonas Martins, é um projeto independente, “que empodera vinhos e produtores do verdadeiro vinho chileno, com alma e respeito ao terroir. A região do Maule [onde a vinícola está situada] é famosa por sua linda paisagem e também por suas uvas de alta qualidade”.