Nova lei de segurança nacional de Hong Kong foi duramente rejeitada por diversos países

A Nova Zelândia suspendeu o tratado de extradição que mantinha com Hong Kong por causa da nova lei de segurança nacional aprovada pela China em junho.

Segundo o ministro das Relações Exteriores neozelandês, Winston Peters, o país não pode mais confiar que o sistema de justiça criminal de Hong Kong "é suficientemente independente" do chinês.

"Se a China demonstrar no futuro a estrutura de 'um país, dois sistemas', poderemos reconsiderar nossa decisão", afirmou Peters.

A nova lei de segurança nacional de Hong Kong foi amplamente condenada em diversos países do mundo.

O temor existe devido ao artigo 55 da nova lei , que entrou em vigor no fim do mês passado. O texto deu amplos poderes a Pequim para procurar, prender e processar pessoas em Hong Kong sob acusação de secessão, terrorismo ou conluio com potências estrangeiras.

O Reino Unido, a Austrália e o Canadá também suspenderam seus tratados de extradição com o território neste mês, e os Estados Unidos encerraram sua política de tratamento econômico especial à ex-colônia britânica.

O chanceler neozelandês anunciou também que a exportação de equipamentos militares e tecnologia para Hong Kong terão o mesmo tratamento dado às exportações para China.

Além disso, o país alterou suas recomendações de segurança para viagens, alertando aos neozelandeses dos riscos trazidos pela nova lei de segurança nacional chinesa.

A China é o maior parceiro comercial da Nova Zelândia, com movimentações anuais de R$ 109 bi (US$ 21 bi) entre as duas nações.