Hotelaria

Array

Destinos

Array

Espaço, que foi reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco, recebeu investimento de quase R$ 9 milhões para melhorias

Por Vanessa Castro (Iphan)

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, participou, na última terça-feira (10.08), de cerimônia que marcou a entrega das obras de requalificação do Sítio Roberto Burle Marx, no Rio de Janeiro. O espaço, que foi reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial no último mês, recebeu aporte de R$ 5,4 milhões, por meio da Lei de incentivo à Cultura, e mais R$ 3,3 milhões de contrapartida do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada à Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

O secretário especial da Cultura, Mario Frias, e a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, também prestigiaram o evento, que oficializou, ainda, a entrega do restauro da Capela de Santo Antônio da Bica, localizada na propriedade do Sítio, que recebeu R$ 290 mil em investimentos.

O Sítio Roberto Burle Marx passou por melhorias nos espaços de visitação, de acessibilidade e de ampliação do acesso público. Para o ministro Gilson Machado Neto a requalificação é essencial para a manutenção do espaço e para melhorar a experiência dos visitantes.

“Isso aqui é o testemunho vivo da identidade do nosso país, da criatividade do Burle Marx. Você consegue sentir a presença do Burle Marx em cada canto desse lugar, um artista brasileiro reconhecido no mundo todo. Esse é um equipamento belíssimo, perene, que fica para a eternidade, para a juventude, para todos”, declarou o ministro.

Ministro também participou da entrega da Capela de Santo Antônio da Bica, restaurada com recursos do governo federal. Crédito: Roberto Castro/MTur

O secretário especial da Cultura, Mario Frias, ressaltou a importância da parceria entre o Ministério do Turismo, Secult e Iphan na restauração e preservação de bens culturais e históricos brasileiros. “Esse governo representa a aproximação entre o governo federal e o povo brasileiro”, acrescentou.

Para a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, o Sítio desempenha um papel importantíssimo para a cultura nacional e para o desenvolvimento da região que o cerca. “A arte brasileira é uma das maiores joias raras do Brasil e a gente fica muito feliz de poder fazer parte disso. O Sítio é um trabalho rico onde Burle Marx conseguiu envolver toda a comunidade. Inclusive, os jardineiros foram treinados por ele. Portanto, o Sítio tem uma importância que ultrapassa o campo da cultura brasileira, ele também tem uma função no desenvolvimento social do entorno”, destacou Peixoto.

O encontro contou ainda com convidados de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Governo do Estado do Rio de Janeiro, Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e Centro Tecnológico do Exército (CTex).

PATRIMONIO MUNDIAL - Legado do paisagista brasileiro que criou o conceito de jardim tropical moderno, o Sítio foi reconhecido por unanimidade como Patrimônio Cultural Mundial no dia 27 de julho deste ano, durante a 44ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O reconhecimento internacional ao monumento, às vésperas do aniversário de nascimento do artista que dá seu nome ao espaço, tornou o Sítio Roberto Burle Marx o 23º bem brasileiro a integrar a seleta lista da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que registra bens considerados como portadores de valor universal excepcional para a cultura da humanidade.

Em uma área de 405 mil metros quadrados, o Sítio reúne edificações, lagos, jardins, coleções de arte, biblioteca, além de proporcionar a difusão de importantes ideias sobre coleção botânica, paisagismo, design de jardins, horticultura, preservação arquitetônica, planejamento urbano e diálogo entre natureza e arte.