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Inaugurado no dia 21 de julho, Museu Mário Fava conta a história de três brasileiros que percorreram mais de 27 mil quilômetros para mapear a Estrada Pan-americana

O Museu Mário Fava, em Bariri, no interior de São Paulo, já está de portas abertas para receber visitantes.  Inaugurado no dia 21 de julho, o museu preserva a memória de três brasileiros, Francisco Lopes da Cruz, Leônidas Borges de Oliveira e do mecânico baririense Mário Fava. O trio ficou conhecido por percorrer 27.631 quilômetros para mapear a Estrada Pan-americana, que interliga as Américas, passando por 15 países.

A viagem teve início em 1928, no Rio de janeiro, e durou dez anos. O trajeto foi feito a bordo de um Ford T, batizado com o nome de ‘Brasil’, e de uma caminhonete da Ford, que levou o nome de ‘São Paulo’, abrindo caminhos entre campos, florestas, montanhas, pântanos e rios. No final da jornada, os desbravadores foram recebidos na Casa Branca, pelo Presidente Franklin Delano Roosevelt e o empresário Henry Ford. “O objetivo do museu é reunir essa história de pioneirismo e mostrar para o visitante parte dos desafios enfrentados pelo trio há mais de 80 anos”, conta o curador e um dos fundadores do museu, José Augusto Barboza Cava. No museu, o visitante poderá fazer uma viagem por meio de fotos dos desbravadores, documentos, registros, jornais da época e mapas de viagem.

A aventura do trio coincide com a popularização do automóvel no Brasil e, consequentemente, a necessidade de abrir novas estradas e mapear outras existentes em nome do progresso. De acordo com o curador, a viagem para desbravar a Pan-americana foi organizada por Leônidas Borges de Oliveira, que recebeu do então presidente Washington Luís um documento que dava fé e apoio do governo brasileiro à empreitada. “Esse registro também contribuiu para que os viajantes pudessem angariar apoio no custeio da viagem nos países por onde passavam, conforme a viagem fosse avançando”, explica o curador.