Banco Central quer também tornar mais flexível a identificação e registro de operação de quantias mínimas de câmbio O BC (Banco Central) apresentou nesta segunda-feira uma série de medidas para facilitar as transações feitas por turistas durante a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016). Uma delas é tentar abrandar a obrigatoriedade do uso da moeda nacional em operações internas, além de tornar mais flexível a identificação e registro de operação de quantias mínimas de câmbio.

Essas medidas, que o BC pretende implementar, de acordo com o gerente executivo de Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros do BC, Geraldo Magela, fazem parte do compromisso assumido pelo governo com as entidades esportivas para o sucesso das competições.

“Dentro da garantia Número 6, o governo assegurou a importação e exportação e troca de diversas moedas”, disse o gerente após deixar claro que, para ser possível colocar as medidas em prática, é fundamental a colaboração do Legislativo nacional e nos estados.

“Um ponto que nos chama a atenção é a dificuldade para o turista que chega de madrugada, sem reais no bolso, e precisa de moeda nacional para, por exemplo fazer, um lanche. Apesar de ser um grande avanço termos o curso forçado da moeda nacional em operações internas. [É] importante considerar situações desse tipo”, argumentou Magela.

Ele ressaltou a necessidade de adaptação em relação à obrigatoriedade de identificação e registro para todas as operações de câmbio. “Esse procedimento é necessário até para quem faz câmbio de US$ 1”, criticou ele. “Essa também é uma questão que devemos considerar no bojo desse exame das questões que temos com relação à questão cambial”, acrescentou. O BC aproveita o seminário com respresentantes da indústria e do setor financeiro para obter sugestões sobre quais situações tais medidas possam ser aplicadas.

Alguns avanços já implementados foram citados pelo representante da autoridade monetária. Além da liberdade de compra e venda de moedas estrangeiras, foram apontados instrumentos como cartões recarregáveis, o aumento do número de correspondentes cambiais e o tratamento tratamento simplificado para operações de até US$ 3 mil.

Para uma plateia de representantes dos setores industrial e financeiro, Magela sugeriu aos bancos que se informem sobre as facilidades de compras de reais em espécie no exterior, medida que pode ser interessante para as ordens de pagamentos em reais a partir do estrangeiro.

“O uso do real em transações externas apresentam valores ainda muito irrisórios e pequenos. Vamos intensificar essa sistemática para implementá-la e, assim, facilitar as ordens de pagamentos em reais oriundas do exterior. Dessa forma, a definição dos valores em reais pode ser feita lá fora, chegando aqui no valor exato”, explicou magela. “Queremos dar maior visibilidade a esse processo também para que os turistas venham já com reais no bolso”, completou.

Agência Brasil