Dados foram coletados pela Booking.com

A Booking.com, uma das maiores empresas de e-commerce de viagens do mundo e líder em tecnologia digital, revela as descobertas de um estudo mundial exclusivo, que ouviu mais de 700 mulheres em oito países, incluindo o Brasil, para entender melhor as percepções das mulheres que trabalham em funções não tecnológicas no setor de tecnologia. Os dados revelam que, embora muitas mulheres achem o trabalho na indústria de tecnologia muito atraente, existe um preconceito de gênero.

De acordo com as descobertas, a maioria das mulheres pesquisadas no Brasil acha que o trabalho na indústria de tecnologia é atraente, porque oferece liberdade para inovar (88%), um ambiente de trabalho dinâmico (78%) e horário de trabalho flexível (87%). Outras vantagens de trabalhar para uma empresa de tecnologia incluem informalidade do código de vestimenta (72%) e menos estruturas hierárquicas (68%) em comparação a outras indústrias.

No entanto, quase metade (46%) das mulheres em funções não tecnológicas pensa que o preconceito de gênero é pior do que se imagina. Além disso, 43% das brasileiras entrevistadas sentem que, como mulher em um cargo não tecnológico, são menos respeitadas do que um homem seria em sua posição.

Ter modelos femininos fortes é a chave para atrair mais mulheres para a área de TI

A falta de modelos femininos e líderes na indústria vêm criando barreiras para as mulheres. No Brasil, tal situação é ainda mais evidente com a impressionante maioria (92%) das mulheres do país afirmando que ver mais mulheres em cargos de liderança as inspiraria a avançar em sua carreira. Para fomentar esse crescimento, as mulheres brasileiras (70%) querem trabalhar com pessoas que as motivem a perceber seu potencial, maior clareza no plano de carreira (58%) e ter um empregador que não diferencie por gênero (57%).

De acordo com os dados em meio às mulheres no Brasil, também em função da falta de modelos femininos e líderes na indústria, 82% concordam que ver mais mulheres em cargos de liderança teria um impacto positivo e levaria ainda mais inovação à indústria de tecnologia, enquanto a média global é de apenas 56%. A pesquisa também mostra que 3 em 4 profissionais brasileiras afirmam que uma maior presença de mulheres em cargos de liderança tornaria empresas de tecnologia mais confiáveis.

O preconceito de gênero é uma das principais barreiras para o sucesso das mulheres em tecnologia

A pesquisa sugere que o preconceito de gênero começa no processo de recrutamento, com 79% das entrevistadas acreditando que esses pacotes de benefícios não são adaptados às mulheres e a maioria (82%) sente que as mulheres não são encorajadas a estudar assuntos que as ajudariam a entrar na indústria. Mais da metade (84%) das entrevistadas vê um ambiente dominantemente masculino como um desafio para mulheres que ingressam na indústria da tecnologia.

A pesquisa revela que o preconceito de gênero também está afetando a confiança das mulheres no ambiente de trabalho, com quase metade (46%) das participantes admitindo que suas opiniões não sejam valorizadas e com um número semelhante indicando que elas não se sentem confortáveis para falar em reuniões de negócios. Não surpreende que 24% das mulheres entrevistadas tenham reconhecido que elas não se sentem confiantes o suficiente para reivindicar um aumento salarial.

Os resultados indicam que abordar o desequilíbrio de gênero é uma oportunidade para as empresas construírem uma cultura corporativa mais inclusiva e impulsionar o crescimento dos negócios, incentivando a diversidade e a inovação. A maioria das pesquisadas no Brasil acredita que contratar mais mulheres aumentaria o desempenho dos negócios (82%) e melhoraria o ambiente de trabalho no geral (88%). A pesquisa foi realizada pela Booking.com com 761 entrevistadas em oito mercados. Os dados foram coletados no quarto trimestre de 2016.