O legado dos eventos foi abordado pela palestrante Jeanine Pires

Mônica Turboli, Rio de Janeiro
 
O CTur (Conselho de Turismo) da CNC (Confederação Nacional de Comércio) realizou uma reunião nesta última quarta-feira, dia 24, para debater a infraestrutura turística necessária para os megaeventos que serão realizados no Brasil e no Rio de Janeiro. A palestrante convidada Jeanine Pires, ex-presidente da Embratur, discursou sobre o legado dos grandes eventos para o País, destacando três aspectos essenciais: o econômico, o esportivo e o social.
 
Para Jeanine, os megaeventos são oportunidades para a transformação do cenário urbano, acelerando projetos e melhorias que já deveriam ter sido providenciadas. Além disso, os eventos também contribuem para outro fator fundamental: a grande oportunidade de visibilidade internacional. "O Brasil poderá mostrar ao mundo seus próprios produtos, sua tecnologia. É uma oportunidade de atrair turistas que vêm conhecer o Brasil pela primeira vez, que são os que gastam mais, fortalecendo a economia nacional".
 
Sobre a atual situação de violência na cidade do Rio de Janeiro, sede das Olimpíadas de 2016, Jeanine destacou a importância da segurança no Rio para preservar a imagem do Brasil como um todo. "Eventos esportivos hoje em dia são um espetáculo de mídia, e através deles o Brasil se consolida como um destino internacional de eventos, contribuindo para atrair outros de grande porte".
 
Outro ponto importante da realização do megaeventos no Brasil destacado por Jeanine é a melhoria da auto-estima do brasileiro. "Com os eventos o brasileiro vai perder o complexo de vira-lata. As mudanças dão a sociedade um acreditar mais nela mesma", acredita.
 
Outro palestrante convidado foi o jornalista esportivo Renato Ribeiro que acompanhou as fases pré, durante e após da Copa do Mundo na Alemanha, em 2006, e na África do Sul, em 2010. Renato deu uma visão geral sobre como foi a preparação desses países para o evento, as dificuldades de cada um, visto a sua diferença econômica e o que serviu de legado para a sociedade. Renato acredita que até 2013 o número de jornalistas estrangeiros no Brasil irá triplicar, o que gera maior crítica em relação aos nossos problemas devido a presença da imprensa internacional.