Estudo do Ministério do Turismo mostra que aumenta o número de viajantes solitários e o desejo de se hospedar na casa de amigos e parentes

 

Os brasileiros estão mais empenhados em viajar sozinhos. É o que mostra uma pesquisa do Ministério do Turismo, que mede a intenção de viagem do brasileiro pelos próximos seis meses. O percentual atingiu 17,7% dos brasileiros que pretendem viajar. Em fevereiro do ano passado, esse valor era de 13,1%. 

O aumento ocorreu em todas as faixas etárias, sendo mais acentuado entre os turistas de até 35 anos, grupo que registrou alta de dez pontos percentuais. A pesquisa não revela as razões pelas quais a turma dos viajantes solitários ganha cada vez mais adeptos, mas a independência financeira das mulheres é uma das razões apontadas por especialistas.

Também chamou a atenção o fato de os turistas jovens aderirem, cada vez mais, a hospedagens na casa de amigos e parentes. Estima-se que 38,1% dos turistas de até 35 anos escolham este meio de estada em suas próximas viagens. Em fevereiro do ano passado, o índice era de 27,2%. O mesmo não ocorreu entre os mais velhos, entre 45 e 60 anos, grupo que registrou queda de preferência de 26,7% para 17,2% por casas de amigos e parentes.

A pesquisa também revela um aumento das viagens de carro entre os mais ricos. O aumento foi substancial entre os entrevistados das duas maiores faixas de renda. Entre os que ganham R$ 4.801 e R$ 9.600 a alta foi de dez pontos percentuais (passando de 20% para 30,7%). Entre os que ganham mais de R$ 9.600 o número mais que dobrou (de 6,9% para 16,5%). São comparados os meses de fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014. As viagens de avião, no entanto, ainda ocupam a primeira posição entre os deslocamentos em viagens.

A relação entre escolaridade e realização de viagens sempre foi direta: os mais estudados são também os mais viajados. Mas nesta última sondagem, a diferença entre os mais e os menos estudados foi mais acentuada. Enquanto entre os pós-graduados a intenção de viagem passou de 38,4% para 39,7%, entre os entrevistados que declararam o primeiro grau incompleto, a queda foi de 10,6% para 3,7%.