Desafios do setor exigem esforços conjuntos do governo e do trade turístico brasileiro

O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, conclamou os empresários do trade turístico a participar do esforço conjunto que as lideranças do setor público preparam para promover uma verdadeira revolução no setor. No seu entendimento, esta é a saída mais viável para o Brasil sair da crise, conforme destacou nesta sexta-feira (4) no painel ‘Integração das Fronteiras Potencializando a Economia Compartilhada’, no FESTURIS – Feira Internacional de Turismo, em Gramado (RS).

“Os problemas herdados do passado não podem ser impedimento para que não tenhamos futuro. E o futuro de nossa economia e, por consequência, da geração de empregos, não está na indústria e sim no turismo”, afirmou Lummertz. Ele acredita que esse é o momento de sensibilizar o novo governo para que apoie os pleitos que ele e o ministro do Turismo, Marx Beltrão, já apresentaram aos demais setores que definem as políticas governamentais.

Vinicius também defendeu uma reestruturação da Embratur para que a autarquia possa enfrentar os desafios com mais agilidade: “O nome Embratur permanece porque ele é muito forte. Mas precisamos ter o formato de uma agência para enfrentar a verdadeira guerra por espaços que já está estabelecida entre os países que disputam a preferência dos turistas internacionais”.

Como exemplo, Lummertz citou o Japão, que depois de ter ultrapassado a meta de registrar 20 milhões de visitantes estrangeiros no ano passado, traçou como novo alvo chegar aos 40 milhões de turistas internacionais. Também lembrou o caso da França, que depois de ver o movimento turístico despencar por conta dos ataques terroristas, prepara uma grande ofensiva publicitária para reconquistar terreno global.

“Temos que ter um orçamento mais compatível com esse novo momento”, lembrou o presidente. Lummertz disse ainda que está totalmente sintonizado com o ministro Beltrão, que na abertura da Festuris, na quinta-feira (3) à noite, comemorou a decisão do governo de conceder, por um período de dois anos, isenção de visto de entrada para norte-americanos, canadenses, chineses e australianos no Brasil.