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A ferrovia Príncipe do Grão Pará foi inaugurada em 1883, no Império, e teve uma influência significativa na mobilidade e no turismo. 

A reativação da ferrovia entre Petrópolis e Magé, para o transporte de passageiros e também com viés turístico, deu mais um importante passo para a sua realização. A Lei Orçamentária do Estado para 2024 reserva R$ 59 milhões para iniciar o projeto, que é desenvolvido pela secretaria estadual de Transportes.  O trecho de 6,1 km será restaurado com a previsão de transportar mais de 500 mil pessoas anualmente a um custo menor do que o transporte por ônibus. A reativação da ferrovia é um dos pleitos do movimento empresarial Petrópolis 2030 que foi abraçado pelo secretário estadual de Transportes, Washington Reis, e pelo governador Cláudio Castro.  O projeto também está previsto no Plano Plurianual (PPA) do Estado do Rio 2024-2027.

“Essa reserva de recursos na lei orçamentária e no PPA é um compromisso firme com o projeto que vai alavancar o turismo e, por consequência, comércio, entretenimento e muitos setores econômicos. O objetivo do movimento e suas propostas é colocar em prática projetos até 2030 com a meta de impulsionar o desenvolvimento econômico da cidade por meio de ações estruturais e programas que envolvam poder público e iniciativa privada”, afirma Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas CDL-Petrópolis, que lidera o movimento Petrópolis 2030.

O diretor presidente da Central de Logística da Secretaria estadual de Transportes, Fabrício de Moura, anunciou em audiência pública na Alerj, que a reconstrução do trecho tem um prazo de execução de 18 meses e a pasta irá avaliar se será uma concessão ou uma parceria público-privada.  A audiência foi promovida pela Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses,  da Assembleia. “Vamos investir, no total, R$ 260 milhões. Mas ainda será preciso detalhar os tipos de trens que serão usados e avaliar se será uma concessão ou uma parceria público-privada”, afirma Moura.

O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, que esteve em Petrópolis para tratar com o movimento empresarial projetos para o transporte da cidade e região, frisou que a reativação da ferrovia é vista como fundamental para a mobilidade urbana, a recuperação da história e o fomento do turismo.

“É uma obra importante para a mobilidade urbana, para a recuperação da história e como modal de transporte e valioso para o turismo. Estamos felizes em tirar do papel um projeto ousado, complexo, mas um passo considerável para Petrópolis e Magé, uma obra que a sociedade cobra há muito tempo”, afirmou Washington Reis.

A Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF), representada pela vice-presidente Ângela França, junto ao movimento, tem sido decisiva para o andamento do projeto e também de outros que contemplam Petrópolis e outras cidades. A revitalização é um tema tratado desde 2010 por Antônio Pastori, também diretor da Associação, que formou um grupo de trabalho para apresentar estudos de viabilidade econômica da ferrovia, incluindo sua extensão até o Centro da capital.

“Há expectativa de que a obra inicie em 2024 e é um enorme passo pelo qual estamos lutando há muitos anos. Também comemorados que mais um projeto de um trem turístico, em Petrópolis, o Noguita, que está sendo acolhido e foi incluído no Plano Plurianual do Estado. O percurso previsto do Noguita, que tem quatro quilômetros, inicia-se na antiga Estação de Nogueira, que será remodelada, e parte em direção à estação final, que será construída dentro do Parque Municipal de Itaipava, levando uma grande atração turística para a região”, comemora Ângela França.

A ferrovia Príncipe do Grão Pará ligando Magé a Petrópolis foi inaugurada em 1883, no Império, e teve uma influência significativa na mobilidade e no turismo. Ela foi desativada em 1964, mas estudos recentes mostram sua viabilidade técnica e econômica, especialmente para Petrópolis. O anúncio da reativação coincide com as celebrações dos 140 anos de sua inauguração comemorados este