Em Los Angeles, presidente José Antônio Parente divulgou a isenção temporária do visto de turismo e equipamentos entregues para os Jogos

O Rio de Janeiro está pronto para fazer a mais espetacular Olimpíada de todos os tempos. Essa é a mensagem que o presidente substituto da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), José Antônio Parente, leva aos Estados Unidos, País que vai enviar um dos maiores contingentes de turistas internacionais para a capital carioca nos meses de agosto e setembro para acompanhar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que, pela primeira vez, acontecem num país sul-americano.

Nos contatos que manteve com representantes da imprensa norte-americana que acompanham o setor turístico nesta terça-feira (28), Parente refirmou que a expectativa da Embratur e do Ministério do Turismo é contar com mais de 350 mil, podendo chegar a 500 mil, turistas internacionais a mais que o normal para esta época, que coincide com as férias escolares para países do Hemisfério Norte.

“Teremos os Jogos Olímpicos mais bonitos da história, com o povo carioca interagindo com os atletas, já que contamos com cenários espetaculares, muitos deles onde as provas são realizadas nas praias e pistas da própria cidade”, destacou Parente, lembrando que o Rio de Janeiro cumpriu todas as exigências do caderno de encargos do Comitê Olímpico Internacional (COI), responsável pela Olimpíada.

O presidente da Embratur lembrou aos jornalistas de Los Angeles, maior cidade da costa Oeste dos EUA, que todos os equipamentos olímpicos (pistas, arenas, ginásios de esportes e parques, aquáticos e terrestres) já foram entregues pela organização da Rio 2016, e garantiu que será fornecida toda a infraestrutura para receber bem os turistas nacionais e internacionais, bem como os mais de 25 mil jornalistas de todos os cantos do mundo que estarão no Rio durante os Jogos. 

A ação da Embratur em Los Angeles contou com a parceria do Ministério das Relações Exteriores, através do consulado naquela cidade. O embaixador Bruno Bath acredita que a liberação do visto de turismo para Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália vai contribuir para uma movimentação ainda maior de visitantes. “São países com forte tradição olímpica e isso vai animar os seguidores de esportes”, ponderou o diplomata.

Parente ressaltou que o câmbio favorável será um incentivo a mais: “Com a valorização do dólar, viajar para o Brasil, sob a ótica dos norte-americanos, não é tão caro”. Ele espera que, do Rio de Janeiro, os turistas se desloquem para outros destinos brasileiros, ou até para países vizinhos. Para Parente, o Rio funcionará como um portão de entrada não só para o Brasil, mas para a América do Sul. A isenção do visto de entrada para turistas dos quatro países vale até 18 de setembro, mas como o viajante pode ficar até 90 dias no Brasil, será possível a estadia até dezembro.

O presidente substituto do Instituto também explicou aos jornalistas norte-americanos que o Brasil está atento e combatendo fortemente a proliferação do mosquito Aedes Aegypti (responsável pela propagação de doenças como zika, dengue e chikungunya) e os esforços já estão sendo sentidos. “O número de pessoas infectadas despencou de março até junho. Além disso, agosto e setembro são, historicamente, os meses em que temos os menores registros de pessoas infectadas”, resumiu Parente.

Lembrando que a Embratur se pauta pelas conclusões da Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma não existirem motivos para se impedir viagens ou para adiar os Jogos por conta desta questão, Parente disse ainda que os órgãos governamentais continuarão a divulgar os cuidados que se deve ter para evitar a infecção pelo mosquito. Entre eles, estão a recomendação para que mulheres grávidas evitem viajar áreas afetadas pelo surto de zika, e para que se use repelente e camisas de manga comprida.

 

Mercado Norte-Americano

Os Estados Unidos são o 2º maior emissor de turistas ao Brasil. Dados do Anuário Estatístico do Ministério do Turismo registram que, somente em 2015, mais de 575 mil turistas americanos visitaram o País. Atualmente, existem 205 frequências semanais diretas, ligando 11 cidades dos EUA, o que mostra uma tendência de crescimento e expansão das regiões conectadas nesses países.